UFMG
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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS

Inserção social e Interface com a Educação Básica

Consulte parcerias e convênios nacionais e internacionais

1.APLICAÇÃO DO CERTIFICADO DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTRANGEIROS (CELPE-BRAS) NA UFMG

Aplicado, pela primeira vez, em 1998, o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) é desenvolvido pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, uma autarquia federal ligada ao Ministério da Educação brasileiro. Tal exame é o único dessa natureza reconhecido oficialmente pelo governo brasileiro (INEP, 2020), sendo aplicado no Brasil e no exterior duas vezes ao ano, em geral. A UFMG, especificamente, o Centro de Extensão da Faculdade de Letras, é, desde 1999, um dos postos onde se pode realizar o exame. O público que realiza o exame compreende, entre outros:
(i) pessoas interessadas em conhecer ou comprovar, para fins de currículo, seu nível de proficiência em português; (ii) estudantes do Programa de Estudantes-Convênio - Português Língua Estrangeira (PEC-PLE), integrante do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), sob responsabilidade do Ministério da Educação e do Ministério das Relações Exteriores; (iii) migrantes e refugiados, dado que o exame é uma das possibilidades de comprovação de proficiência em português. Tais candidatos são tanto da comunidade interna quanto da comunidade externa da UFMG, residentes em Minas Gerais e em outros estados brasileiros. Registrado no Sistema de Informação da Extensão (SIEX) da UFMG sob o n. 404039, este projeto tem os seguintes objetivos: (i) aplicar o Celpe-Bras para atender às demandas internas e externas da comunidade da UFMG, conforme calendário estabelecido pelo INEP; (ii) contribuir para a formação de graduandos e pós-graduandos da Faculdade de Letras da UFMG na área de Português como Língua Adicional. Destaca-se que dissertações de mestrado e teses de doutorado sobre o exame já foram defendidas no Poslin, e que a capacitação semestral da equipe de examinadores tem um efeito retroativo importante na formação de docentes e pesquisadores na área de Português como Língua Adicional, tanto na graduação quanto na pós- graduação. Coordenadores: Leandro Rodrigues Alves Diniz e Laura Márcia Luíza Ferreira Site:
https://sistemas.ufmg.br/siex/VerIdentificacao.do?id=87752&tipo=Projeto&modo=abrir

2.CURSO DE PORTUGUÊS LÍNGUA ADICIONAL (PLA) PARA CANDIDATOS AO PROGRAMA DE ESTUDANTES-CONVÊNIO DE GRADUAÇÃO (PEC-G)

Em razão do grande número de estudantes estrangeiros que começou a vir para as universidades brasileiras na década de 1960 e da necessidade de regularizar esta situação, objetivando também fortalecer a internacionalização das universidades por meio de intercâmbios, a Divisão de Temas Educacionais (DTED) do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério da Educação (MEC) e as Instituições de Ensino Superior (IES) criaram o Programa de Estudantes - Convênio de Graduação (Programa PEC-G) em 1965. Visando à formação de recursos humanos de países do Sul Global, sobretudo países africanos, asiáticos e da América Central e do Caribe, o Programa PEC-G permite que educandos que advenham desses países possam cursar a graduação em alguma Instituição de Ensino Superior do Brasil. O Brasil deve apresentar acordos de cooperação cultural e/ou educacional e/ou de ciência e tecnologia com os países inscritos no Programa para que o acordo seja firmado e que os educandos possam vir para o Brasil. Para iniciarem suas graduações no Brasil por meio do PEC-G, os estudantes devem ser aprovados no Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe- Bras). Quando são oriundos de um país onde o exame não é aplicado, os interessados podem se inscrever no Programa de Estudantes-Convênio de Português como Língua Estrangeira (PEC-PLE). A UFMG é uma das IES brasileiras que oferece esse curso, por meio do projeto de extensão registrado no Sistema de Informação da Extensão (SIEX) sob o número 404455. O objetivo principal do projeto é, então, ofertar esse curso, contribuindo para o fortalecimento da cooperação Sul-Sul, e, ao mesmo tempo, para a formação de graduandos e pós-graduandos da Faculdade de Letras na área de Português como Língua Adicional. Site: https://sistemas.ufmg.br/siex/VerDescricao.do?id=80646&tipo=Projeto. Coordenadores: Henrique Rodrigues Leroy e Leandro Rodrigues Alves Diniz

3.EDUCAÇÃO BILÍNGUE E PRÁTICAS DE LETRAMENTO DE ALUNOS SURDOS: O ACESSO ÀS LÍNGUAS NO COTIDIANO ESCOLAR

Neste projeto, pretende-se examinar como alunos surdos sinalizantes da Libras, juntamente com seus professores e outros atores do cenário educacional, se engajam em práticas de letramento mediadas pela Libras e constroem os significados para essas práticas ao longo de suas interações em sala de aula. O projeto explora contribuições oriundas dos estudos do bilinguismo, da educação bilíngue e do letramento de surdos (BOTELHO, 2002; GROSJEAN, 2008; SILVA, 2010), bem como dos estudos do letramento (BLOOME, 1987, 1989; CASTANHEIRA et. al, 2001; CASTANHEIRA; GREEN; DIXON, 2007) e da Etnografia (GREEN; BLOOME, 1995; GREEN; DIXON; ZAHARLICK, 2005) que favorecem a compreensão dos processos de ensino-aprendizagem e das práticas do letramento como fenômenos socialmente e discursivamente construídos no cotidiano da sala de aula. A metodologia da pesquisa envolve observação participante em sala de aula (SPRADLEY, 1980), filmagem das interações, coleta de artefatos da sala de aula e a condução de entrevistas com os participantes (alunos, professores, intérpretes, professores de apoio etc.). A pesquisa será realizada em instituições públicas de ensino em turmas de diferentes níveis educacionais.
Coordenadora: Giselli Mara da Silva.

4.ENTRE PÁGINAS: LEITURA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM HOSPITAIS

O projeto de extensão (Registro SIEX 403790) e pesquisa Entre Páginas tem em vista a mediação de leitura em hospitais, contribuindo para o bem-estar físico e mental das crianças e adolescentes em restrição e privação de liberdade. Ele atua em duas frentes: acesso a livros impressos e digitais e mediação de leitura. Para garantir o acesso aos livros impressos, organizamos ateliês para um tratamento artesanal chamado de 'empaginação', através do qual é possível realizar a higienização de cada página do livro, garantindo a descontaminação, atitude indispensável em ambiente hospitalar. A mediação é feita uma vez por semana porum bolsista de extensão. A partir de uma pesquisa financiada pela FAPEMIG de 2021 a 2023, intitulada 'Leitura literária digital para crianças e adolescentes em hospitais', foram adquiridos dez e-readers (leitores digitais) com vários e-books (livros digitais), que permitiram, com a ajuda de bolsistas de pesquisa, investigar como são desenvolvidos os letramentos digital e literário nesse contexto. Os recursos adquiridos agora fazem parte do projeto de extensão e podem ser utilizados nas atividades de incentivo à leitura. Site: http://entrepaginas.letras.ufmg.br. Coordenadoras: Daniervelin Pereira, Adriane Sartori e Mariotides Bezerra

5.ESCRITA ACADÊMICA EM LÍNGUA INGLESA NAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS: NECESSIDADES E INSUMOS PARA APLICAÇÕES PEDAGÓGICAS

Financiamento da FAPEMIG (2022-2025). Este projeto se propõe a contribuir para a descrição da escrita científica da comunidade das ciências agrárias, visando contribuir para o aprimoramento da escrita acadêmica produzida em língua inglesa por pesquisadores brasileiros dessa área. Como defende Nassi Calo (2016), formar estudantes de graduação e pós-graduação capazes de entender e escrever bem em inglês contribui para a visibilidade e o impacto da ciência produzida em países não anglófonos. Tendo esse contexto em mente, nossa proposta tem como objetivo identificar e descrever características linguísticas nos níveis lexical e sintático, relacionando-as a funções retóricas presentes em textos acadêmicos das ciências agrárias. Os corpora compilados constam de artigos científicos publicados em revista de alto impacto, bem como dissertações e teses escritas por mestrandos e doutorandos brasileiros. Os resultados obtidos serão utilizados para embasar a produção de materiais didático-pedagógicos voltados ao ensino da escrita acadêmica. Após serem testados e adequados, esses materiais serão disponibilizados gratuitamente em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Espera-se, com isso, auxiliar pesquisadores brasileiros na escrita de artigos científicos em inglês como forma de aumentar a visibilidade, impacto e intercâmbio da ciência produzida no Brasil nas ciências agrárias, área estratégica para o desenvolvimento nacional. Nossa abordagem teórico-metodológica baseia- se na a) análise de gêneros textuais (Swales & Feak, 2012) e b) na análise multidimensional (Biber, 1988; Biber & Conrad, 2009) que propicia a descrição léxico-gramatical detalhada de corpora, identificando as variações linguísticas estatisticamente relevantes. Coordenadores: Deise Prina Dutra (UFMG), Gustavo Leal Teixeira (UFMG), Danilo Duarte Costa (UFVJM) e Ana Bocorny (UFGRS)

6.FORMAÇÃO DE DOCENTES DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL E DE ACOLHIMENTO

Financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento / Ministerio de la Educación de la República Argentina (2022). Registrado no Sistema de Informação da Extensão (SIEX) da UFMG sob o n. 404431, este projeto objetiva contribuir para a formação de docentes de Português Língua Adicional (PLA) em diferentes contextos, por meio da oferta - presencial, semipresencial ou remota - de cursos de curta ou longa duração, palestras e outras ações. Além disso, o projeto almeja trazer novas oportunidades de formação de estudantes de graduação e pós-graduação da UFMG, por meio de sua participação como docentes ou ou monitores/as, nessas ações. Os objetivos específicos do projeto são: Contribuir, por meio da formação de docentes de PLA, para a implementação de políticas linguísticas de valorização do português, como uma das línguas de participação social no Brasil e em outros países, bem como de acesso às construções culturais e às produções científicas brasileiras; Promover maior cooperação entre Brasil e outros países latino-americanos por meio de ações de formação de professores/as estrangeiros/as de PLA, partindo da perspectiva de que o português é uma importante língua no processo de integração regional; Fortalecer políticas públicas - municipais, estaduais, federais ou internacionais - que preveem, ou devem prever, ações de formação de docentes de PLA; Impactar positivamente as possibilidades de aprendizagem do português por parte de migrantes de crise e outros/as sujeitos cuja primeira língua não é o português, em diálogo com outras línguas que fazem parte de seus repertórios; Trazer subsídios, por meio de ações de formação docente, para a garantia do direito à aprendizagem de PLA por parte de públicos como estudantes do Ensino Básico argentino e migrantes de crise no Brasil; Engajar graduandos/as e pós-graduandos/as participantes do projeto em ações de Ensino e Pesquisa na área de PLA. Coordenador: Leandro Rodrigues Alves Diniz Site:
https://sistemas.ufmg.br/siex/VerIdentificacao.do?id=87754&tipo=Projeto&modo=abrir

7.INTERFACES DA FORMAÇÃO EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

Com registro no SIEX-UFMG sob o número 500096, este Programa de Extensão tem como proposta integrar projetos de extensão que visem ao ensino e à pesquisa e cujo foco seja a formação de professores de línguas estrangeiras, tanto no nível continuado quanto inicial. O Programa reconhece as necessidades da área da educação em línguas estrangeiras e propõe ações efetivas que têm impacto na sociedade através da melhoria da qualificação de professores das redes pública e privada e, consequentemente, na melhor educação que os alunos dessas escolas passam a receber. Além disso, proporciona aos alunos da graduação em Letras a oportunidade de contato com profissionais que atuam no ensino fundamental e médio, preparando-os para o exercício da docência. O Programa abrange três projetos: EDUCONLE - atende professores de inglês da rede básica, online, para capacitação linguística, com certificados ao final dos módulos e é coordenado por Érika Amâncio Caetano; ContinuAção Colaborativa (ConCol) - o projeto trabalha em uma perspectiva multifacetada de formação docente, envolvendo professores de línguas (português, inglês e, por vezes, espanhol) da rede básica de ensino, pública e privada, egressos (ou não) do EDUCONLE; licenciandos e pós-graduandos (mestrandos e doutorandos) da Faculdade de Letras, envolvidos, por vezes, no ensino de outras línguas como italiano e francês; e formadoras de professores (também da FALE e outras instituições convidadas). O trabalho do ConCol é desenvolvido de forma coletiva, é voltado para a elaboração de material didático focado no desenvolvimento de uma educação linguística crítica e decolonial e é aberto a professores de línguas em geral. O projeto é coordenado por Leina Jucá. UNISALE atende professores de inglês da rede pública de ensino através de várias ações de parceria com pesquisadores da universidade, alunos de graduação e pós-graduação, a fim de melhor conhecer e avaliar, conjuntamente com o professor, as várias necessidades do professor e de seus alunos em seus contextos de atuação, coordenado por Valdeni da Silva Reis. O programa 'Interfaces da Formação em Línguas Estrangeiras' tem como objetivos gerais: oferecer oportunidades de formação continuada e formação inicial; contribuir para um maior envolvimento dos graduandos em Letras e pós-graduandos em Estudos Linguísticos com a realidade educacional fora dos muros da universidade; manter o vínculo universidade/sociedade, para o fomento e atualização dos objetivos de formação da própria universidade. Em seus objetivos específicos, temos as finalidades de: capacitar metodologicamente e linguisticamente professores de inglês de ensino fundamental e médio; promover discussões sobre práticas pedagógicas, questões cognitivas da aprendizagem, teorias de ensino/aprendizagem, etc. que levem a uma reflexão por parte de todos os envolvidos nos projetos do Programa; incentivar a capacidade de resolução de problemas com embasamento teórico; integrar professores em serviço em redes em que eles trabalhem colaborativamente e nas quais eles tenham diálogo com a universidade e seus pares de outras escolas mesmo após estarem desvinculados do Programa; oferecer a oportunidade da prática docente aos bolsistas; pesquisar as reflexões e interações dos professores participantes dos projetos; incentivar o envolvimento dos alunos-professores em pesquisas sobre sua realidade escolar, por exemplo, através de pesquisa-ação ou outras metodologias de pesquisa; manter um portal com as atividades do Programa; detectar, localmente, questões de interesse do professor para melhoria da aprendizagem de seus alunos.

8.A INTERNACIONALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA EM CIÊNCIAS HUMANAS, CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES FOMENTADA POR RECURSOS PEDAGÓGICOS ON-LINE BASEADOS EM CORPUS

Financiamento do CNPq (2022-2024). De 2015 a 2020, a produção científica brasileira cresceu 32,2%, deixando o Brasil em 13 lugar no ranking mundial, segundo o 1º Boletim Anual do OCTI: Panorama da Ciência Brasileira 2015-2020 (CGEE). Tal crescimento, no entanto, não foi acompanhado pelo aumento do impacto dos artigos nacionais. Embora saibamos que produzir textos acadêmicos em inglês seja uma tarefa árdua, especialmente para pesquisadores que não têm esse idioma como primeira língua, não publicar em inglês dificulta a disseminação do conhecimento científico produzido no país e reduz as chances de citação e de colaboração internacional (MENEGHINI; PACKER, 2007). Nesse contexto, chama a atenção a discrepância no volume de artigos publicados por diferentes áreas do conhecimento. Fato é que as Ciências Humanas, as Ciências Sociais Aplicadas e a Linguística, Letras e Artes estão entre as áreas que apresentam baixa participação na produção científica brasileira internacional. Este projeto, baseado na Linguística de Corpus, enfrenta o problema descrito, colaborando para o aumento do impacto da produção científica brasileira ao desenvolver recursos pedagógicos de acesso aberto, construídos a partir de descrição detalhada dos padrões linguísticos das seções de artigos publicados em revistas de alto fator de impacto. Tem-se como objetivo geral descrever a linguagem convencional de artigos de pesquisa recentes (2013-2023) publicados em inglês em periódicos internacionais de alto impacto de três áreas-alvo: Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas e Linguística, Letras e Artes. Analisaremos a variação linguística entre as disciplinas que compõem as três áreas-alvo, por exemplo, antropologia, sociologia, direito, linguística, literatura entre outras, descrevendo os padrões léxico-gramaticais mais frequentes, sejam eles comuns a todas as disciplinas ou específicos de cada uma delas. Ao fazer-se uso da Aprendizagem Direcionada por Dados (Data Driven Learning, em inglês), que consiste no uso de ferramentas e técnicas da linguística de corpus para fins pedagógicos (Gilquin, Granger, 2010, p. 359), espera-se como resultado, além da produção de textos mais convencionais, a formação de pesquisadores mais autônomos na busca de soluções para problemas que ocorrem durante o processo de produção da escrita acadêmica em inglês. A descrição linguística dos corpora subsidiará a produção de atividades que serão disponibilizadas online. Coordenador Proponente do Projeto: Tony Berber Sardinha (PUC-SP) Coordenadoras: Deise Prina Dutra (UFMG) e Ana Bocorny (UFRGS). Colaboradores nacionais: Gustavo Teixeira - UFMG; Cláudia Delfino (PUC-SP / FATEC); Carlos H. Kauffmann (PUC-SP); Patrícia Bértoli (UERJ); Rozane Rebechi (UFRGS); Juliana Barreto (UFS); Marilisa Shimazumi (PUC-SP); Maria Carolina Zuppardi (PUC-SP); Jefferson deOliveiraSilva(PUC-SP);MarianaFerreira(PUC-SP). Colaboradores internacionais: Joseph Collentine (Northern Arizona University - EUA); Karina Collentine (Northern Arizona University - EUA)

9.PANDEMIA E INFODEMIA DE COVID-19: DISSEMINAÇÃO DE DISCURSOS DE INFORMAÇÃO E DESINFORMAÇÃO POR MEIO DE ECOSSISTEMAS DE TEXTO E IMAGEM

Financiamento da CAPES (2022-2025). Enfocamos o impacto da infodemia, a epidemia de informação relacionada à pandemia, na sociedade, analisando milhões de textos e imagens que circulam na web, ciência e redes sociais. Visamos maneiras de enfrentá-la no Brasil por meio da conscientização da população e sua educação. Neste projeto defendemos que a infodemia não é um conjunto caótico de informação e desinformação, mas um ecossistema complexo de discursos que formam uma visão coerente e viável de modos de pensar e agir perante a infodemia. Isso porque a infodemia é construída por discursos, isto é, conjuntos sistemáticos de visões de mundo e ideologias de grupos sociais. Há, portanto, na literatura prévia uma falta de reconhecimento do papel dos discursos na formação da opinião pública e de políticas públicas, que culminaram no processo de tomada de decisão pelos entes públicos e privados durante a pandemia. A fim de preencher essa lacuna, propomos identificar os discursos que embasam a condução da epidemia no Brasil, mostrando como o impacto da epidemia é ditado pelos discursos que levam ao sucesso e ao insucesso da administração da pandemia. Enfocaremos tanto a linguagem verbal (texto) quanto a visual (imagens) que circulam em serviços noticiosos, comunidade científica e em redes sociais, empregando grandes conjuntos de dados (big data), em uma abordagem multidisciplinar baseada na computação, que engloba Linguística de Corpus (BERBER SARDINHA, 2004; BIBER; CONRAD; REPPEN, 1998), Análise Multidimensional (BERBER SARDINHA; VEIRANO PINTO, 2019; BIBER, 1988), Multimodalidade (ADAMI, 2016; JEWITT, 2014), Análise de Discurso Assistida por Corpus (BAKER, 2006; BERBER SARDINHA, 2021; FRIGINAL; HARDY, 2020) e Análise Visual Assistida pela Inteligência Artificial (CHRISTIANSEN; DANCE; WILD, 2020). O projeto focará, por exemplo, no discurso da pseudo-ciência, analisando artigos divulgados como artigos científicos, a fim de analisar linguísticamente a construção do discurso da infodemia, bem como a utilização de recursos visuais que os acompanham. A relevância social do presente projeto advém da descoberta e explicitação dos discursos que circulam em texto e imagem na infodemia, responsáveis pela condução da pandemia no país e no exterior. Os resultados servirão de base para a conscientização da sociedade sobre a existência e efeitos da infodemia, por meio da divulgação de informação em redes sociais e na web sobre os riscos da infodemia e como se proteger. Coordenador: Antonio Paulo Berber Sardinha (PUC-SP). Participantes: Paula Tavares Pinto Paiva (UNESP, SJRP), Deise Prina Dutra (UFMG), Eduardo Silva (UEG), Simone Sarmento (UFRGS), Ana Bocorny (UFRGS), Ednalvo Apostolo Campos (UEPA), Adriana Picoral Scheidegger (University of Arizona, EUA)

10.RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA LEITURA E ESCRITA DE TEXTOS NAS LICENCIATURAS (REALPTL)

O projeto de ensino, pesquisa e extensão (Registro SIEX 403223) REALPTL tem como proposta a pesquisa e a produção de recursos educacionais abertos (REA) para o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita no contexto das licenciaturas, tendo como alicerce a Cultura Livre. Tem como público-alvo os alunos de cursos de licenciatura que possam ser beneficiados com atividades complementares às de sala de aula, que motivem a continuidade do seu processo de (multi)letramentos, por meio de REA que podem também ajudá-los como professores. De 2014 até 2017, este projeto foi desenvolvido na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Na UFMG, de 2017 a 2019, com financiamento do CNPq, realizamos a avaliação dos REA criados e divulgados e adequações na estrutura do site. O site continua publicando REA produzidos pela equipe do projeto e enviados pela comunidade interessada pelo e-mail do projeto. Site: http://realptl.letras.ufmg.br/realptl/
Coordenadora: Daniervelin Pereira

11.REDIGIR

A proposta deste projeto é disponibilizar atividades de leitura e produção de textos que possam ser aplicadas por professores do ensino fundamental em suas respectivas salas de aula. Acreditamos que essa iniciativa auxilia tanto os docentes quanto os alunos do curso de licenciatura em Letras, ao proporcionar formas concretas de aplicar a teoria em situações práticas. Reconhecemos as dificuldades frequentes em desenvolver atividades que integrem, de forma eficaz, as novas abordagens teóricas provenientes das correntes contemporâneas dos estudos da linguagem. Nesse sentido, fomentar o diálogo entre a universidade e outras instituições de ensino pode ser muito enriquecedor para todos os envolvidos. O público-alvo deste trabalho são os professores de Língua Portuguesa que atuam no ensino fundamental e médio. Site: http://www.letras.ufmg.br/redigir Coordenadora: Raquel Lima de Abreu Aoki

12.TABA ELETRÔNICA

A Taba Eletrônica é um projeto de extensão na forma de uma aldeia tecnológica. Espaço técnico e social para os letramentos digitais. Lugar de aprender, principalmente pelo compartilhamento e pela troca de ideias e de habilidades ligadas às novas mídias. O projeto busca atuar como uma comunidade, um coletivo, que trabalha em torno das tecnologias digitais para o ensino e aprendizagem de línguas. Coordenadora: Junia Braga

13.TEXTO LIVRE: SEMIÓTICA E TECNOLOGIA

O projeto de pesquisa e extensão (Registro SIEX 500117) envolve pesquisas interdisciplinares, em especial Linguística (Semiótica e outras teorias) e Linguística Aplicada (Ensino de línguas e formação de professores). Fundamentado na filosofia do Software Livre e da Ciência Aberta, seus valores são respeitados tanto na estrutura do Texto Livre quanto em seus produtos, como o periódico científico 'Texto Livre: linguagem e tecnologia' e os eventos CILTEC-online (debate científico da filosofia livre e da linguagem) e UEADSL (de cunho didático). Firma-se sobre a tríade definidora do ensino superior (pesquisa, ensino e extensão), pois dedica-se, além da pesquisa, à divulgação científica e à formação de professores, bem como à criação de softwares livres para fins educacionais e de pesquisa. Site: https://textolivre.pro.br/. Coordenadoras: Ana Cristina Fricke Matte e Daniervelin Pereira.

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