Resumo |
Esta pesquisa tem como objeto de análise o alçamento da vogal baixa em contexto pretônico nos falares mineiro Mariana e Ouro Preto. O objetivo desta análise é apresentar a ocorrência da elevação do traço de altura também em vogal baixa, já que Bisol (1981) Callou & Leite (1983), Viegas (1987: 2001), Bortonni at al ( ), já atestaram sua ocorrência com relação as vogais médias. As distintas realizações da vogal átona pretônica foram atestadas, através de escuta auditiva, nos dialetos de Mariana e Ouro Preto - Minas, em trabalho realizado de iniciação científica PIBIC/CNPq (2001-2002). Realizações do item léxico faculdade, como f/a/culdade f/?/culdade f/?/culdade, ou tradução como tr/a/duação tr/?/dução tr/?/dução são perceptíveis na fala desses dialetos. Foram realizadas análises lingüística quantitativa e acústica dados, que permitem identificar os fatores as consoantes velares e as vogais altas seguintes como potenciais favorecedoras da ocorrência do alçamento vocálico, dentre outros ambientes; já a análise acústica apontou a ocorrência de duas variantes átonas reduzidas, de primeiro grau/?/ e de segundo grau/?/, nas produções dos quatro informantes dos dialetos de Marina e Ouro Preto. Neste trabalho fez-se uso do modelo teórico difusionista por acreditar que esse melhor responder as variações encontradas nos falares estudados. A teoria da difusão lexical pode explicar melhor as variações presentes nos itens léxicos, que ora se submetem ao alçamento ora não, mesmo apresentado ambiente propício a sua ocorrência. |